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O que rolou no RP 2020


Equipe do RP 2020 (esq. para dir): Danillo Douglas, Mariana Oliveira, Gláucia França, Ludimila Costa, Ludimila Costa, Heloane Grecco, Emerson Tokarski e Juliana Menezes.
 
     O RP_2020, evento de Relações Públicas que reuniu profissionais, acadêmicos e docentes ontem (23/11) no Cateretê Bueno em Goiânia, não poderia ter tido uma repercussão melhor. Estiveram presentes cerca de 45 pessoas que foram prestigiar, discutir e interagir com renomados profissionais dá área sobre o futuro da profissão de Relações Públicas nos próximos 10 anos.
      A abertura foi feita por Antônio Lago, presidente nacional da Associação Brasileira de Relações Públicas - ABRP. Ele fez uma breve palestra sobre o panorama das RPs na América Latina e aproveitou para reiterar o papel e a importância do registro profissional no Conselho como forma de legitimar a profissõa e fortalecê-la perante empresas e sociedade. 
      Logo após, deu-se início a mesa redonda mediada por Emerson Tokarski, coordenador geral do RP 2020. Ele explicou sobre a iniciativa do movimento e forneceu uma perspectiva das melhorias ocorridas no âmbito acadêmico das atividades de relações públicas em Goiânia. Como ex-aluno da Universidade Federal de Goiás - UFG, Emerson relatou a importância da união de estudantes que, ainda na faculdade, reivindicaram e trabalharam em prol do reconhecimento e da melhoria da grade curricular para o curso de Relações Públicas.

Antônio Lago na abertura do RP 2020
       Em seguida, ele passou à palavra para José Ulisses Fontenele Figueira, diretor tesoureiro da ABRP-DF e atual professor do curso de Comunicação da Universidade Paulista – UNIP, em Brasília. Ulisses discorreu sobre oportunidades e planejamento. O professor disse que perguntas como “O que há a favor dos RPs?” e “Quais as formas de conseguir trabalho?” são um dilema comum na vida de estudantes e recém-graduados, mas que podem ser respondidas por pessoas que buscam oportunidades.
       Para o diretor, o ponto chave é se especializar constantemente. Fazer cursos em áreas distintas também é essencial para buscar diferenciação. Figueira acredita que, com a vinda dos dois maiores eventos esportivos mundiais para o Brasil – a Copa 2014 e as Olimpíadas de 2016 –, os profissionais que tiverem uma maior gama de conhecimento conseguirão criar essas oportunidades. Ele sugere que, com a explosão das mídias sociais e a própria internet, os acadêmicos e profissionais busquem aprender, fazer cursos diversos e se qualificar. 

Ulisses Fontenele defende que os profissionais devem estar se atualizando e se profissionalizando constantemente

     A próxima participante foi Vivien Moreira, que atuou como supervisora do departamento de comunicação e marketing e gestora da qualidade no Porto Seco Centro-Oeste. Apesar de ter se formado há cerca de 5 anos, Vivien conquistou espaço rapidamente no mercado. Segundo ela, o Relações Públicas tem como características o dinamismo e a versatilidade, atributos favoráveis a um profissional que busca implementar uma comunicação estratégica na empresa.
       O “fazer de tudo um pouco” é o que possibilita ao profissional, conhecimento amplo sobre os vários processos da empresa e permite traçar melhor estratégias e ações de comunicação e marketing. Ela defende o profissional de RP como o parceiro da área de recursos humanos, da diretoria e de demais setores que possam dar suporte à área de comunicação.
      Outro ponto tratado por Vivien foi o uso das mídias sociais como forma oportuna e economicamente viável para conhecer e pesquisar os diversos públicos da organização. O principal trabalho do RP nos próximos 10 anos será usar as novas mídias para lidar com esses públicos. Ela menciona que, inclusive, esse tema - “Ver, ouvir e sentir para mudar e melhor comunicar as ações das empresas com os públicos” - foi tratado em seu projeto de conclusão do curso de Relações Públicas, que a permitiu estruturar e criar uma assessoria no Porto Seco, pois até então, a empresa não possuía um departamento de comunicação.
       Ainda sobre as mídias sociais, ela sugere cuidado: “É preciso fazer um estudo preliminar para avaliar se é pertinente para sua empresa entrar nessas mídias” afirmou. Por ser um fenômeno novo, requere bastante cautela, já que, uma vez que se decide trabalhar com elas, devem-se assumir riscos que podem trazer pontos negativos incontroláveis para empresa. “Nem para toda empresa é viável entrar nas mídias”, alertou. Para exemplificar, a profissional citou a Vale: “se há um atraso na mercadoria, isso pode se dever há fatores externos ou burocráticos, como normas do governo. Na mídia social, o público busca a resposta instantânea, o que, no caso da Vale, seria muito complicado. Por isso, eles decidiram não entrar ainda nesse novo fenômeno”, pontuou.

Vivien no RP 2020: “É preciso fazer um estudo preliminar para avaliar se é pertinente a empresa entrar nas mídias sociais”
 
        O terceiro convidado da mesa redonda foi Paulo Roberto Figueiredo Neto, assessor de comunicação e cerimonial da Assembléia Legislativa do estado de Goiás. Sua principal contribuição à mesa foi a respeito de branding. Ele falou sobre a amplitude desse conceito, explicando que vai além do design, sendo, na verdade, o contínuo gerenciamento da marca e como ela se posiciona em diferentes mercados perante diferentes públicos. Figueiredo acredita que o branding hoje sobrepõe a identidade da marca e que fazê-lo é uma atividade constante: “A Coca-cola trabalha branding diariamente mesmo tendo sua marca estabelecida no mercado”, exemplificou.
        Outro ponto comentado por Paulo foi em relação a quem deve fazer assessoria de imprensa na empresa. Para ele, tal função deve ser exercida pelo profissional competente, independente da área de Relações públicas, publicidade ou jornalismo. Ele pensa que investir em conhecimento e competências é o que possibilitará aos estudantes fazer carreiras e ganhar dinheiro: “Empresários milionários, donos do facebook, Google e twitter, criaram essas oportunidades de negócio quando ainda eram universitários”, finalizou.

Paulo Figueiredo: A assessoria de imprensa deve ser feita pelo profissional competente, independente de sua formação.
       O próximo palestrante, Luciano Alves Pereira, professor de Comunicação da UFG e chefe da assessoria de comunicação da Goiasindustrial, defendeu a posição de que existe sim, espaço e demanda por profissionais de Relações Públicas, mas que é preciso buscar competências através da transversalidade da profissão, para ocupar cargos de gestão nas organizações. Ele crê que nos próximos anos, devido à Copa de 2014 especialmente, profissionais que tenham conhecimento nas várias áreas de publicidade, jornalismo, marketing e relações públicas estarão melhor preparados e terão mais chance de se sobressair. “O RP deve ter perfil de gestor empreendedor”, além disso, “as faculdades de jornalismo e publicidade já estão implementando em suas grades, disciplinas de gestão, planejamento estratégico e administração, algo que antes só existia na grade de Relações Públicas”.
      Luciano destacou que essa realidade é um alerta aos profissionais, para que busquem oportunidades e espaços agora, pois, futuramente, a transversalidade e versatilidade dos RPs se estenderão aos demais cursos, o que aumentará a competição por cargos estratégicos nas organizações.

Luciano Alves: O profissional de RP deve se preparar para ser gestor e empreendedor nos próximos anos
     Para fechar a mesa redonda, o palestrante Antônio Lago retomou a palavra para mostrar tendências sobre o futuro das RPs com a proximidade dos eventos mundiais de 2014 e 2016. Ele sugere que aproveitemos os “15 segundos de fama do Brasil”. Lago acredita que esse bom momento vivido pelo país mudará a forma de nos relacionarmos local e globalmente. Ele prevê um bom momento para criar alianças, mas afirma que isso só será possível para aqueles que buscarem conhecer a fundo o mundo dos esportes.
      Segundo Lago, após a Copa, o Brasil receberá o mais diversificado e importante evento de esportes do mundo, o que requere pessoas que saibam gerenciar essa diversidade em prol de oportunidades de negócios. “A gestão de pessoas será o cargo chefe, pois buscará pessoal qualificado que entenda esse mercado ainda desconhecido para muitos profissionais de comunicação e marketing”, concluiu.
     Por fim, foi aberto espaço para perguntas aos integrantes da mesa, para logo depois acontecer o sorteio dos livros gentilmente cedidos e autografados pelas renomadas profissionais e docentes de Relações Públicas, Simone Tuzzo e Maria Aparecida Ferrari.

Fernanda Andrade ganhou o livro "Como sobreviver em contextos vulneráveis: as Relações Públicas como estratégia de relacionamentos" de Fábio França, Maria Aparecida Ferrari e James Grunig
Jordana Araújo ganhou o livro "Deslumbramento coletivo: opinião pública, mídia e universidade" de Simone Antoniaci Tuzzo
                                                                  
    Terminados o debate e o sorteio, os participantes se reuniram no bar do Cateretê para descontrair e interagir durante o Chopp Time.


Confira aqui as fotos feitas por Lívia Dias. 


Agradecimentos 

    Agradecemos aos palestrantes pela disposição em comparecer ao RP 2020 e aos apoiadores desse movimento, o Cateretê Bar e Restaurante  e o Address West Side Hotel. Graças a colaboração desse pessoal juntamente com os organizadores foi possível realizar um evento de sucesso e com feedback muito positivo. É só acompanhar a hashtag #RP2020 no twitter para comprovar! Esperamos poder dar continuidade ao RP_2020 em 2011. Contamos com vocês, hein?


Mariana Oliveira
Coordenadora administrativa do RP 2020
@marianahellena

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